Dá uma conferida aí na lista de um dos colaboradores mais antigos desse "brogue", do músico (Vøn Black e Graveyard Cats), produtor e compositor, professor de inglês e São Paulino roxo, Flávio Gasperini.
1. Cheap Trick - In Another World
Cheap Trick é uma das minhas cinco bandas favoritas de todos os tempos, e vem lançando ótimos discos desde o excelente "The Latest" de 2009. Em In Another World, o quarteto de Rockford, Illinois, fez bonito. Mesmo antes de ouvir eu já sabia que entraria na lista, mas depois
de várias audições, não tive duvida em colocar em primeiro lugar. Algumas das músicas do disco são releituras de demos antigas, mas isso em nada tira o mérito dele. Robin Zander
é simplesmente um dos vocalistas mais injustiçados da história. Meus destaques são a bela "The Summer Looks Good On You", "Boys & Girls and Rock And Roll", a bela faixa-título (na versão lenta e na "reprise" rápida) e o cover de John Lennon, "Gimme Some Truth", com participação de Steve Jones (Sex Pistols) na guitarra.
2. The Wildhearts - 21st Century Love Songs
Ginger e seus Wildhearts nunca decepcionam. Um disco pesado, bem melodioso e com letras ótimas e debochadas, como sempre.
Produzido por Dave Draper, os riffs cavalosos se destacam assim como os coros de gangue que ditam o tom do disco.
Os destaques pra mim são a grudenta "You Do You", "Remember These Days" e o single "Sort Your Fucking Shit Out".
3. David Ryder Prangley - Vampire Deluxe
Prangley foi baixista do Adam Ant por um tempo, além de membro da banda glam/punk Rachel Stamp. O trabalho anterior, Black Magic & True Love já mostrava todo seu potencial, mas "Vampire Deluxe" solidifica
o talento do músico, que aqui traz momentos setentistas, outro mais modernos e baladas maravilhosas. "Sweet Heartbreaker" tem cara de hit, enquanto "Never Grow Old" faz jus ao Queen dos primeiros discos. Alguns
momentos mais calmos do disco até dão um clima meio "proggy", mas músicas como "Heart Full Of Love, Head Full Of Poison" equilibra bem os momentos mais roqueiros. A qualidade das composições é fora de série.
"Hey Stargazer", que fecha o álbum, é um prato cheio para quem é fã de rock dos anos 70.
4. Duran Duran - Future Past
O décimo-quinto disco de estúdio da banda pop inglesa foi o álbum que eu escutei mais vezes seguidas
em 2021. Trabalhando mais uma vez com o produtor Mark Ronson, e também colaborando com outros do calibre
do gênio Giorgio Moroder, os bretões conseguiram, como o título sugere, combinar ideias novas com acertos
do passado. Os destaques pra mim são a ótima faixa de abertura 'Invisible', "Falling", que apresenta o eterno Mike Garson (David Bowie)
no piano e a maravilhosa "Tonight United", parceria com Moroder. O guitarrista do album é Graham Coxon, do
Blur.
5. Alice Cooper - Detroit Stories
50 anos após do maravilhoso Love It To Death, Alice Cooper volta as raízes de Detroit com esse disco maravilhoso. Com um time recheado de parceiros da cidade motorizada (Wayne Kramer, Mark Farner, etc) e seus
antigos companheiros de Alice Cooper Group, "Detroit Stories" é um prato cheio de rock and roll como Alice sempre fez bem até a metade dos anos 70. Os destaques são "Social Debris", "$1000 High Heel Shoes", com
belos backing vocals femininos, "I Hate You" contando com os ex-colegas de banda dividindo os vocais com a tia e "Sister Anne", cover do MC5.
6. Mastodon - Hushed And Grim
Mastodon nunca falta na minha lista de melhores do ano, mas surpreendentemente não ficou entre os 5 mais, como de costume.
Mas não é culpa da banda, Hushed And Grim é um ótimo disco, longo, que leva tempo para digerir. Melódico, denso e progressivo, o meu
destaque fica para os vocais de Troy Sanders que evoluíram demais desde o início da banda. "The Crux" é
minha favorita. A música de abertura, "Pain With An Anchor" é uma viagem, assim como "More Than I Could Chew", "Eyes Of Serpents" com seu
belo trampo de guitarras e o single "Teardrinker". Dois pontos negativos me chamaram a atenção, a falta da participação do Scott Kelly do Neurosis, que sempre
pintava nos discos e pouca participação vocal de Brent Hinds, que me parece que vem se distanciando criativamente da banda há algum tempo.
Mas Mastodon é Mastodon e nunca decepciona. O disco de metal do ano pra mim.
7. Viagra Boys - Welfare Jazz
A banda sueca vem sendo um dos destaques pra mim, desde que o dono desse blog, meu querido Jexxx me apresentou o som deles há alguns anos atrás. Welfare Jazz é ótimo, é maluco, e é jazzy. Os singles "Ain't Nice", "Creatures" e "In Spite Of Ourselves (cover do John Prine, aqui num dueto com a Amy Taylor), são maravilhosos. Mas também vale
destacar a ótima "Into The Sun", com ótima performance do vocalista americano Sebastian Murphy, minha favorita de Welfare Jazz. O álbum possui algumas vinhetas experimentais e deve ser ouvido
de cabo a rabo para ter a experiência completa. Essa é uma banda que sempre vou acompanhar e espero ver algum dia ao vivo, pois os shows são insanos!
8. Sami Yaffa - The Innermost Journey To Your Outermost Mind
Um dos meus baixistas favoritos de todos os tempos, Sami Yaffa, nos apresenta com seu primeiro disco solo.
O curriculum dele é de causar inveja, tendo trabalhado com Hanoi Rocks, Joan Jett,Mad Juana, o rebirth dos New York Dolls, Jetboy, Hellacopters e hoje
na banda solo de Michael Monroe. Ele também apresentou o programa Soundtracker, onde até passou pelo Brasil descobrindo os ritmos locais. O disco é maravilhoso, com boa influencia
punk dos Stooges, como em "The Last Time" (onde Sami soa bastante como Iggy), a porrada "Selling Me Shit" e altos momentos de reggae, que são
simplesmente maravilhosos. Que ele lance mais outros trabalhos, tão bons como este.
9. Michael Oakley - Odyssey
Um dos grandes expoentes do Synthwave, o escocês Michael Oakley acerta em cheio com seu segundo álbum, Odyssey. Aqui ele apresenta novas
influências e texturas em um disco curto,com apenas oito faixas, mas em que todas elas funcionam. "Wake Up', dueto com o excelente Ollie Wride, é um destaque
com influência Westcoast e o destaque maior fica para o single "Is There Anybody Out There" que aponta a evolução do músico/produtor.
Outro destaque é a bela "Glasgow Song", dueto com Dana Jean Phoenix.
10. Fever Dog - Alpha Waves
Fever Dog é uma banda californiana com alguns discos lançados e uma grande pegada setentista. A faixa que
abre Alpha Waves, "Freewheelin' é um clara homenagem ao Sweet, com os backing vocals característicos do quarteto inglês.
"Solid Ground" apresenta um excelente um clima hardão setenta com uma ótima levada de batera. Algumas faixas longas e trippy como a faixa
titulo também compõem o disco, dando um toque hard psicodélico. "Hold On You" é perfeita. Mil vezes melhor que os Gretas Van Fleets da vida.
Aqui eu fiz uma playlist com as minhas favoritas de cada disco.
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