Os melhores discos de 2017


Sem enrolação nenhuma, nem resumo do ano, segue a minha listinha horrível dos melhores discos de 2017. Sofri para escolher (por causa do volume de lançamentos), mas dá uma checada aí. :) 


1. Ulver – The Assassination of Julius Caesar (House of Mythology)

O coletivo norueguês (que começou como black metal) compôs o disco de pop eletrônico mais épico e dramático dos últimos anos. Com refrões MARAVILHOSOS e uma sonoridade pesada e ameaçadora, o álbum deixa muito disco de doom/death metal no chinelo.
2. Mutoid Man – War Moans (Sargent House)

O power trio criou o disco pesado mais pop e grudento da história. Van Halen cruza com o Cro Mags, Discharge encontra com o Def Leppard. O disco se alterna entre momentos melódicos e outros brutalmente pesados.
3. Power Trip – Nightmare Logic (Southern Lord)

Foda-se o Municipal Waste e as outras bandas da cena "retro-trash". Aqui é Exodus, Cro Mags, Venom, Motörhead, Sepultura (antigo). Crossover thrash sujo e agressivo, gritado, com backing vocal "gangueiro" e cuspe na cara, mais uma vez.

4. Thundercat – "Drunk" (Brainfeeder)

Com uma mescla de jazz fusion, música eletrônica, R&B, pop e yacht rock, o gênio baixista faz um som original, incrivelmente viciante e avança ainda mais com suas experimentações musicais. Legal se surpreender com uma sonoridade totalmente nova em 2017.
5. Mastodon – Emperor Of Sand/Cold Dark Place (Reprise)

Apesar da temática pesada do álbum, o Mastodon nos entregou o disco mais melódico do grupo, e isso nem de longe é ruim. O som ainda continua pesado, técnico e visceral, mas os refrões são incrivelmente bem trabalhados e emocionais (em sua maioria cantada pelo impressionante baterista Brann Dailor). No EP quem brilha é o gênio incompreendido Brent Hinds, que mostra que é a "arma secreta" do quarteto.


6. No Warning – Torture Culture (Last Gang)

O No Warning voltou incrivelmente sensacional. Hardcore bruto com muita influência dos anos 90. Tem de tudo aqui, tem crossover thrash, tem punk/hardcore, grunge e até uns trecho de glam metal (haha). Juro, esse disco é tão foda que quase foi direto para o 1ª lugar.
7. Merda – Descarga Adrenérgica (Läjä)

O Merda é foda, conseguiu em 22 músicas fazer um retrato musical da deterioração que o Brasil passa desde 2014 (o ano que ainda não acabou). A eleição e o 7x1 desgraçou a cabeça da galera e derrubou a máscara do "cidadão do bem". O som? Hardcore/punk tosco unicamente brasileiro e unicamente sensacional.
 
8. Chelsea Wolfe – Hiss Spun (Sargent House)

A musa gótica da vez tomou um "banho de loja" do Kurt Ballou e fez o disco mais pesado da sua carreira. Sai a sonoridade acústica e entra um som trevoso, com influência de doom e sludge metal, com sua voz sempre etérea e misteriosa. Apesar dessa fórmula diferente, o disco é incrivelmente viciante.

9. Futuro – A Torre da Derrota (Trainofdoomsday)

EP sensacional da banda de punk/hardcore brasileira mais legal da atualidade. Foda-se esses artistas "indies" novos que as revistas/blogs tentam te enfiar pela goela. Fiquem de olho no Futuro, isso sim é empolgante, e fora que o vocal me lembra a Amy Miret, do Nausea.
10. Kiko Dinucci – Cortes Curtos (Independentes)

O álbum do músico paulistano estourou a minha cabeça. O som é único pra cacete: hardcore torto misturado com vanguarda paulistana, free jazz, noise rock e outras experimentações sonoras. As letras são a trilha sonora perfeita de quem convive com a loucura de São Paulo.

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