Segue a lista do jornalista, músico, e o mais antigo do colaborador desse blog, Denis Moreira. Clique e confira logo abaixo:
1. Foo Fighters – Sonic Highways (RCA Records)
Claro que a criatividade que envolve todo o projeto ajuda, mas o disco novo do Foo Fighters não estaria nesta lista se não correspondesse. OK, não chega a ser um There's Nothing Left To Lose, até hoje o melhor deles, mas o CD oscila entre músicas boas (Subterranean, The Feast and the Famine) e MUITO boas (Outside, In the Clean, Congregation). Num ano em que nenhum novo Revolver - ou, para ser mais atual, um Back to Black, vai - foi lançado, Sonic Highways merece entrar na lista dos dez melhores.
2. U2 – Songs of Innocence (Island Records)
Não esperava mais nada do U2. Fiquei mais pé atrás ainda com a polêmica envolvendo o lançamento do disco no novo iPhone ("ó lá eles querendo ser hipsters", pensei). Mas fui vencido pela curiosidade, ainda bem. É o melhor CD deles desde Achtung Baby. É variado, sem músicas ruins, e com pelo menos duas músicas que fazem jus ao melhor que a banda já fez: Raised by Wolves e California. Bem bom.
3. Slipknot – .5: The Grey Chapter (Roadrunner Records)
Ouvi todos os discos anteriores do Slipknot e nenhum me pareceu tão coeso quanto o novo. A saída do baterista Joey Jordison, sinceramente, não fez a menor diferença. As músicas ora lembram a fase mais antigona (e, ahn, "brutal") de Iowa ora lembram os arranjos mais elaborados dos álbuns posteriores. Foi uma volta em grande estilo.
4. Jack White – Lazaretto (XL Recordings)
Vamos admitir que o disco anterior de Jack White era melhor. Mas, em se tratando de um dos nomes mais inventivos do rock atual, isso não chega a ser um problema. Neste CD, os arranjos têm maior influencia do country, inclusive com o uso do violino fazendo solos em vez da guitarra. É um disco coeso e inteligente.
5. Pharrell Williams – G I R L (I Am Other/Columbia Records)
Não é fácil ser o grande destaque black de um ano em que o gênio Prince volta à ativa, mas Pharrell Williams conseguiu. Em seu disco solo, o rapaz empregou os seus múltiplos talentos - é compositor, cantor, baterista e produtor, tendo criado hits para Snopp Dogg, Justin Timberlake e vários outros - em prol de um repertório ao mesmo tempo eclético e coerente. Tem soul "das antigas", dos anos 80, hip hop e pitadinhas de rock, reggae e outros estilos, sem nunca soar falso. E fez o maior hit do ano: a ótima (ei, você enjoou, mas é boa!) Happy.
6. The Pretty Reckless – Going to Hell (Razor & Tie)
The Pretty Reckless é a banda de rock de Taylor Momsen, ex-atriz de Gossip Girl. E, se você ouviu o primeiro disco deles, tem razão de achar que a banda seria apenas uma tentativa forçada da moça de parecer roqueira: as músicas se resumiam a uma reprodução de clichês de hard rock com um toque moderno e um pé no pop, algo como cruzamento de Mötley Crüe, Muse e Miley Cyrus. Mas esse disco... Quanta diferença! O som ganhou profundidade, arranjos inventivos e um show da vocalista, que está cantando demais. Vale a pena.
7. Adrenaline Mob – Men of Honor (Elm City Music)
A saída do baterista Mike Portnoy, por incrível que pareça, melhorou o som do Adrenaline Mob. No segundo CD, a banda ficou mais direta e pesada, com arranjos "retos" que só favoreceram o gogó privilegiado de Russell Allen e a guitarra virtuosa - ele devia ser mais comentado! - de Mike Orlando. O Adrenaline também permitiu variar mais o som: o groove metal continua lá, mas o álbum também tem hard rock e duas baladas matadoras, incluindo a farofeira (no bom sentido!) Behind These Eyes, a música que o Bon Jovi não faz há umas duas décadas.
8. Manic Street Preachers – Futurology (Columbia Records)
O Manics, como é chamado pelos fãs, deu uma de David Bowie e decidiu se instalar em Berlim para fazer o novo disco. E o resultado fez bem à banda, que saiu do marasmo dos últimos dois CDs e ousou mais. O disco traz influências eletrônicas e de krautrock, aliados ao indie rock anos 90 que eles fazem tão bem e até uma pitadinha, ali no fundo, de soul music. E, principalmente, com boas músicas.
9. Vários artistas – This is Your Life - Tribute to Ronnie James Dio (Rhino Entertainment)
Como ninguém me disse que não, tasco um tributo nesta lista. Mas este não é qualquer um: o CD reuniu quase todo mundo que importa na música pesada para cantar a obra do mestre Dio. E, ao contrário de outros discos do tipo, as novas versões trazem novidades bem-vindas aos clássicos de Dio, Rainbow e Black Sabbath. Só o medley maravilhoso feito pelo Metallica e Rob Halford em Man on the Silver Mountain já valeria o disco, mas quase todo mundo foi muito bem, de Scorpions a Motörhead a Tenacious D, que fez um cover genial para The Last in Line.
10. Ryan Adams – 1984 (PAX AM)
Ele já fez de quase tudo na carreira, de alt country a folk a heavy metal (!). Em seu novo EP, ele resolveu surfar na praia do indie/punk americano dos anos 80, mais especificamente nas influências de Hüsker Dü e Replacements. É incrível como Adams muda a moldura sonora, mas uma coisa nunca muda: a sua capacidade em criar melodias redondíssimas e assobiáveis. Power pop punk na melhor essência.
1. Foo Fighters – Sonic Highways (RCA Records)
Claro que a criatividade que envolve todo o projeto ajuda, mas o disco novo do Foo Fighters não estaria nesta lista se não correspondesse. OK, não chega a ser um There's Nothing Left To Lose, até hoje o melhor deles, mas o CD oscila entre músicas boas (Subterranean, The Feast and the Famine) e MUITO boas (Outside, In the Clean, Congregation). Num ano em que nenhum novo Revolver - ou, para ser mais atual, um Back to Black, vai - foi lançado, Sonic Highways merece entrar na lista dos dez melhores.
2. U2 – Songs of Innocence (Island Records)
Não esperava mais nada do U2. Fiquei mais pé atrás ainda com a polêmica envolvendo o lançamento do disco no novo iPhone ("ó lá eles querendo ser hipsters", pensei). Mas fui vencido pela curiosidade, ainda bem. É o melhor CD deles desde Achtung Baby. É variado, sem músicas ruins, e com pelo menos duas músicas que fazem jus ao melhor que a banda já fez: Raised by Wolves e California. Bem bom.
3. Slipknot – .5: The Grey Chapter (Roadrunner Records)
Ouvi todos os discos anteriores do Slipknot e nenhum me pareceu tão coeso quanto o novo. A saída do baterista Joey Jordison, sinceramente, não fez a menor diferença. As músicas ora lembram a fase mais antigona (e, ahn, "brutal") de Iowa ora lembram os arranjos mais elaborados dos álbuns posteriores. Foi uma volta em grande estilo.
4. Jack White – Lazaretto (XL Recordings)
Vamos admitir que o disco anterior de Jack White era melhor. Mas, em se tratando de um dos nomes mais inventivos do rock atual, isso não chega a ser um problema. Neste CD, os arranjos têm maior influencia do country, inclusive com o uso do violino fazendo solos em vez da guitarra. É um disco coeso e inteligente.
5. Pharrell Williams – G I R L (I Am Other/Columbia Records)
Não é fácil ser o grande destaque black de um ano em que o gênio Prince volta à ativa, mas Pharrell Williams conseguiu. Em seu disco solo, o rapaz empregou os seus múltiplos talentos - é compositor, cantor, baterista e produtor, tendo criado hits para Snopp Dogg, Justin Timberlake e vários outros - em prol de um repertório ao mesmo tempo eclético e coerente. Tem soul "das antigas", dos anos 80, hip hop e pitadinhas de rock, reggae e outros estilos, sem nunca soar falso. E fez o maior hit do ano: a ótima (ei, você enjoou, mas é boa!) Happy.
6. The Pretty Reckless – Going to Hell (Razor & Tie)
The Pretty Reckless é a banda de rock de Taylor Momsen, ex-atriz de Gossip Girl. E, se você ouviu o primeiro disco deles, tem razão de achar que a banda seria apenas uma tentativa forçada da moça de parecer roqueira: as músicas se resumiam a uma reprodução de clichês de hard rock com um toque moderno e um pé no pop, algo como cruzamento de Mötley Crüe, Muse e Miley Cyrus. Mas esse disco... Quanta diferença! O som ganhou profundidade, arranjos inventivos e um show da vocalista, que está cantando demais. Vale a pena.
7. Adrenaline Mob – Men of Honor (Elm City Music)
A saída do baterista Mike Portnoy, por incrível que pareça, melhorou o som do Adrenaline Mob. No segundo CD, a banda ficou mais direta e pesada, com arranjos "retos" que só favoreceram o gogó privilegiado de Russell Allen e a guitarra virtuosa - ele devia ser mais comentado! - de Mike Orlando. O Adrenaline também permitiu variar mais o som: o groove metal continua lá, mas o álbum também tem hard rock e duas baladas matadoras, incluindo a farofeira (no bom sentido!) Behind These Eyes, a música que o Bon Jovi não faz há umas duas décadas.
8. Manic Street Preachers – Futurology (Columbia Records)
O Manics, como é chamado pelos fãs, deu uma de David Bowie e decidiu se instalar em Berlim para fazer o novo disco. E o resultado fez bem à banda, que saiu do marasmo dos últimos dois CDs e ousou mais. O disco traz influências eletrônicas e de krautrock, aliados ao indie rock anos 90 que eles fazem tão bem e até uma pitadinha, ali no fundo, de soul music. E, principalmente, com boas músicas.
9. Vários artistas – This is Your Life - Tribute to Ronnie James Dio (Rhino Entertainment)
Como ninguém me disse que não, tasco um tributo nesta lista. Mas este não é qualquer um: o CD reuniu quase todo mundo que importa na música pesada para cantar a obra do mestre Dio. E, ao contrário de outros discos do tipo, as novas versões trazem novidades bem-vindas aos clássicos de Dio, Rainbow e Black Sabbath. Só o medley maravilhoso feito pelo Metallica e Rob Halford em Man on the Silver Mountain já valeria o disco, mas quase todo mundo foi muito bem, de Scorpions a Motörhead a Tenacious D, que fez um cover genial para The Last in Line.
10. Ryan Adams – 1984 (PAX AM)
Ele já fez de quase tudo na carreira, de alt country a folk a heavy metal (!). Em seu novo EP, ele resolveu surfar na praia do indie/punk americano dos anos 80, mais especificamente nas influências de Hüsker Dü e Replacements. É incrível como Adams muda a moldura sonora, mas uma coisa nunca muda: a sua capacidade em criar melodias redondíssimas e assobiáveis. Power pop punk na melhor essência.
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