1. Steven Wilson – The Raven That Refused to Sing [And Other Stories] (Kscope)
Steven Wilson não se cansa nunca. A principal figura de bandas como Porcupine Tree e Blackfield mostra um trabalho solo refinadíssimo (pra variar), com faixas extensas e uma forte influência do rock progressivo setentista. Um disco capaz de atingir qualquer um, explorando a complexidade técnica sem abrir mão de tornar o produto final acessível àqueles que apenas apreciam a boa música.
Ouça: The Raven that Refused to Sing
2. Iggy and the Stooges – Ready to Die (Fat Possum)
Pertencente à Trupe dos Imortais da Música, Mr. Iggy aparece esbanjando energia em seu novo disco com os Stooges. Apesar de estar com um som menos agressivo do que já foi feito anteriormente, o cara não abre mão do espírito punk. Um retorno interessante de uma banda que fez barulho e chocou muitas mentes “monocromáticas” dos anos 70.
Ouça: Burn
3. Alice in Chains – The Devil Put Dinosaurs Here (Capitol)
Acredito que poucos fãs que escutaram o disco não identificaram vigor e profundidade em cada uma das faixas. A banda já havia mostrado coragem e ousadia ao voltar com um novo disco e um novo vocalista, após a morte do glorioso Layne Staley. Esse novo disco, agressivo e sofisticado ao mesmo tempo, só veio pra confirmar a boa fase desses caras, que vêm adotando uma das posturas que mais admiro nos músicos: deixar a resistência e a teimosia musical de lado e tocar o barco com uma sonoridade moderna, sem perder a identidade já estabelecida.
Ouça: The Devil Put Dinosaurs Here
4. City and Colour – The Hurry and the Harm (Dine Alone)
Ao melhor estilo Paul Weller, Dallas Green realmente se deu muito bem com os violões após se consolidar na vigorosa banda Alexisonfire. Extremamente cuidadoso com as melodias, o músico demonstra sensibilidade e versatilidade com o novo lançamento. Aos ouvintes mais conservadores com seus estilos musicais prediletos, eis uma grande prova de amadurecimento artístico.
Ouça: The Lonely Life
5. Black Sabbath – 13 (Vertigo)
Black Sabbath dispensa comentários. Quando um dos grupos primordiais do heavy metal decide marcar 2013 com um disco de inéditas e uma turnê esplendorosa, faltam as palavras e sobram ouvidos. Simplesmente mais do que recomendável!
Ouça: God is Dead?
6. Pet Shop Boys – Electric (x2)
A dupla segue o ritmo de uma leva de grupos dos anos 80, como Simple Minds e Tears For Fears, que decidiram não viver apenas de seus principais hits do passado e lançam discos com inéditas desde o início da década de 2000. Dançante e sintonizado com as novas tendências, Electric chega cheio de músicas que não deixariam a desejar em nenhuma balada eletrônica dos dias de hoje.
Ouça: Axis
7. George Benson – Inspiration: A Tribute to Nat King Cole (Concord)
Um mestre reproduzindo outro mestre. Foi muito bacana encontrar esse discaço e voltar a ouvir a voz de George Benson homenageando Nat King Cole com verdadeira classe. Dois ícones de duas fases distintas do jazz norte-americano se encontram além do tempo e em grande estilo. Para os fãs de um ou de outro, recomendo que inicie o disco com Unforgettable, um dos grandes sucessos de Cole.
Ouça: Unforgettable
8. Roger Taylor – Fun on Earth (Virgin/EMI)
Nada foi mais curioso que escutar a voz desse grande batera em uma obra solo, depois de uma temporada desnecessária com o ex-Bad Company Paul Rodgers no Queen. Taylor fez, com sua voz rouca (já presente em músicas do Queen, como Let Me Live) um belo disco que vale a pena conferir.
Ouça: Sunnyday
9. The Dear Hunter – Migrant (Equal Vision)
No meio de um cenário indie rock que, ao meu ver, já está ficando saturado, essa banda norte-americana mostra uma sofisticação que merece destaque nesse último lançamento. Em contraponto à simplicidade presunçosa e pouco original dos novos “filhos” de Strokes e Arctic Monkeys, os caras se preocupam em dosar contratempos musicais sofisticados com uma pegada bastante atual. Exemplo de atitude a ser tomada pelos que virão em sequência.
Ouça: Whisper
10. Nine Inch Nails – Hesitation Marks (Columbia)
A despeito da origem parcialmente eletronic dos caras, o disco me surpreendeu pelo distanciamento da vertente rock. Trent Reznor, que já provou por A mais B ser um compositor versátil e de mão cheia, tomou uma boa dose de ousadia ao elaborar essa obra que, mesmo assim, carrega a densidade sonora que só o Nine Inch Nails é capaz de proporcionar.
Ouça: Disappointed
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