Os melhores discos de 2012

Segue a listinha dos melhores discos do ano. 2012 foi sensacional, com ótimos discos. Foi difícil selecionar, mas dá uma olhadinha ae:



1. SwansThe Seer (Young God)

Mesmo com a participação de Karen O, do Yeah Yeah Yeahs, o The Seer, do Swans, é uma das coisas mais desafiadoras que ouvi na vida. No entanto compensa, e é um dos discos mais animais (sem trocadilho com a capa rs) que já ouvi. Com 2 horas de duração, é um álbum livre de fórmulas, quase um transe musical apocalíptico, inesperado, porém belo. Parabéns Michael Gira, fico feliz de ainda existir gênios para fazer música provocadora como você.

Ouça: Lunacy


2. TorcheHarmonicraft (Volcom)

O Torche conseguiu uma proeza: inovar em uma sonoridade tão fechada e estabelecida como o stoner/sludge. Harmonicraf é o álbum pesado mais pop que já ouvi, com músicas e refrões que grudam na cabeça. Para os tr00s, isso é um pecado. Para quem gosta de música, isso é uma grande vitória.

Ouça: Skin Moth


3. MartyrdödParanoia (Southern Lord)

Suécia sempre na liderança na barulheira, e o Martyrdöd é mais uma prova disso. Na base, o som é um crust/d-beat lindo maravilhoso que só os suecos sabem fazer, mas tem mais que isso: umas levadas black metal, uns riffs muito complexos para o estilo, e um dos vocais mais malditos que ouvi na vida (e olha que nessa parte sou calejado para atestar isso).



4. High on Fire - De Vermis Mysteriis (Koch)

Como fã, tento evangelizar o High on Fire para meus amigos e minha definição para o grupo é: um caldeirão de som que mescla Black Sabbath, Venom e Motörhead. Mas no De Vermis Mysteriis, o sr. Matt Pike foi mais longe que isso, e deixou tudo mais extremo, soando mais pesado do que nunca, graças a produção de Kurt Ballou (Converge), o novo midas do barulheira. Tem thrash metal, com pegada de dois bumbos, tem doom, a lá Sleep, e outras muitas referências.



5. Turbonegro - Sexual Harassment (Scandinavian Leather)

Ponto para o Turbonegro por terem achado um vocalista a altura para substituir o Hank. Claro, os fãs antigos vão reclamar, vão falar que ele é insubstituível, mas gostei do Tony, e o disco Sexual Harassment é uma prova que não houve dano no grupo. São 10 músicas no álbum, e todas são ótimas. Do punk rock sujo ao sleazy rock, o Turbonegro conseguiu fazer 10 clássicos. Oficialmente, é o disco que mais ouvi em 2012, de tanto foi o vício.



6. El-PCancer 4 Cure (Fat Possum)

Jaime Meline voltou, e isso é o que importa. Demorou cinco anos para o rapper e produtor lançar algo à altura de I'll Sleep When You're Dead, mas conseguiu realizar a missão com louvor. Com rimas caóticas e uma produção incrível, com muita influência de música eletrônica, El Producto é contemporâneo, fazendo rap “fora da caixa”, se dá pra definir isso.



7. Baroness - Yellow & Green (Relapse)

Bom, essa é a escolha óbvia, vocês devem estar vendo em tudo quanto é lista de fim do ano, mas a voz do povo é unanime, e o Yellow & Green é realmente um discão. A maturidade que o Baroness encontrou em seu som realmente impressiona. Vai do pesadelo sludge, passa pelo post-punk (?) ao acústico, uma verdadeira viagem criativa. Vale a pena ouvir. Só não chamem de Radiohead do metal, como vi algumas definições (preguiçosas, por sinal) por aí.



8. Devin Townsend ProjectEpicloud (HevyDevy)

Mais uma obra do Frank Zappa do heavy metal, Devin Townsend. Sim, é épico, como diz o título. Também é exagerado, grandioso, quase kitsh. Mas isso faz parte de tudo o que é bom no disco também. Mas não fique achando que o álbum inteiro é só coro de vozes e orquestras: o disco é pesadíssimo também, com riffs sensacionais que só o Devin sabe fazer.  

Ouça: True North


9. Mark Lanegan BandBlues Funeral (4AD)

Quando ouvi a primeira vez esse disco pensei em uma definição para o Blues Funeral: um deserto elétrico. Sei que parece doido, mas é um som que passa pelas nuances do blues com clima desértico e bucólico, ao eletrônico decadente emanando de algum strip clube próximo ao deserto. É o disco mais introspectivo do Lanegan, mas solitário, mas em compensação é um dos seus melhores, praticamente nascendo um clássico.



10. MeshuggahKoloss (Nuclear Blast)

Em minha opinião, este é o disco mais pesado do Meshuggah desde o Destroy Erase Improve. Álbum direto ao ponto, pesado, com aquela quebradeira de sempre que se ouve com o grupo. Outra diferença: o grupo está mais orgânico, menos pro-“toolzado”, inclusive se ouve a diferença com o vocal do Jens Kidman. Depois de 7 discos, o Meshuggah conseguiu lançar mais um clássico em sua carreira.

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